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APRESENTAÇÃO:  
         A escola, como fator social influenciada pelas transformações da sociedade e dos homens, deve permear a postura social que a educação defende. De acordo com as ideias de Émile Durkheim, pedagogo que fez as primeiras observações sobre a escola como ato social, vemos a educação escolar não de forma individualista, mas de uma perspectiva coletiva.  
        É sob esta perspectiva que nos lançamos à realização deste projeto que nos ajudará na efetivação do papel social do educador. Portanto, para a realização de um ensino-aprendizagem significativo, há a necessidade de desenvolvimento de atividades que proporcionem ao educando experiências concretas de aplicabilidade dos conteúdos, conferindo-lhe de fato a construção de sua identidade e autonomia no contexto pessoal e social. 
 
JUSTIFICATIVA: 
 
                Levando em consideração os PCN’s, mais especificamente o seu objetivo de contribuir para uma nova forma de entender o ensino para a construção do intelecto e da cidadania, percebe-se que é no cotidiano escolar que deve acontecer a prática educativa que realiza um ensino-aprendizagem significativo.  
         Desenvolver as habilidades dos educandos, e não apenas o conteúdo a ser ministrado em cada disciplina, deve ser o resultado das práticas educativas em qualquer área, para que o educando a aplique em resoluções de questões práticas do cotidiano e/ou da ciência. 
  É a necessidade de estreitar a relação entre o conteúdo ministrado e a habilidade a ser desenvolvida, bem como a urgência de uma educação moral através de ações que desenvolvam a formação da cidadania, que move este projeto. A intenção é proporcionar momentos concretos em que o ensino-aprendizagem seja de fato colocado em prática em prol da sociedade, principalmente no âmbito de incentivo à solidariedade. Isto, para tornar a caridade significativa não só para o aluno, mas para toda a comunidade educativa, provando o fato de que o conhecimento é fruto da relação entre o homem e o mundo, como sugerido nos PCN’s.  | 
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OBJETIVOS  
 
Objetivos Gerais – Para todas as séries/anos. 
 
·         Estabelecer a qualidade da educação para construir cidadãos conscientes de sua responsabilidade e seu poder de ação na sociedade. 
·         (Re)significar a escola no contexto social como espaço privilegiado de comunicação de conhecimentos e ideais, de reflexão e ação, de solidariedade e respeito às diferenças.  
·         Expandir o uso da linguagem em instâncias privadas e utilizá-las com eficácia em instâncias públicas, sabendo assumir a palavra e produzir textos – tanto orais como escritos – coerentes, coesos, adequados a seus destinatários, aos objetivos a que se propõem e aos assuntos tratados na feira. 
·         Conhecer, definir e redefinir modelos, estilos e conteúdos educativos de modo a contribuir para a formação crítica, ética, social e política dos educandos e da comunidade educativa, possibilitando-lhes o pleno exercício de uma cidadania participativa, construtiva e solidária. 
·         Estreitar a relação do educando com as TIC’s (Tecnologias da informação e da educação), incentivando a interação com as tecnologias que interferem e mediam os processos informacionais e comunicativos dos seres. 
 
Objetivos Específicos: 
 
1.     Ler, produzir, analisar e discutir textos; 
 
2. Reconhecer / Identificar os gêneros textuais que serão utilizados. 
 
3. Reconhecer / Identificar a modalidade oral e escrita de acordo com o texto escolhido. 
 
4. Renovar e incentivar o interesse em praticar a solidariedade, levando o aluno a perceber a necessidade de ser caridoso para a construção de cultura de paz. 
 
5. Identificar problemas causados pela falta de solidariedade, frisando falta de caridade e de amor, estimulando a prática de ações concretas neste âmbito. 
 
4. Compreender os textos orais e escritos com os quais se defrontam em diferentes situações de participação social, interpretando-as justamente e inferindo as intenções de quem os produziu para entender a informação, bem como para produzi-las.  
 
6. Demonstrar aspectos que caracterizam ações benéficas e maléficas em relação à solidariedade. 
 
5. Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações de ideias a respeito do tema solidariedade; 
 
6. Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significações e integradora da organização do mundo e da própria identidade. 
 
7. Reconhecer, nos vários momentos do projeto, as manifestações linguísticas que singularizam as diferentes variedades e identificar os efeitos de sentido resultante do uso dos variados recursos expressivos utilizados para o bem-estar social. 
 
8. Reconhecer o poder de um projeto como forma de aproximação entre pessoas/culturas. 
 
9. Reconhecer a importância das TIC’s para/na contemporaneidade. 
 
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METODOLOGIA: 
 
      O tema solidariedade será pensado a partir da interpretação da I Carta aos Coríntios. Carta esta que cita o amor como o fundamento de uma vida plena e verdadeira para o homem na sociedade. Entendendo a solidariedade como uma resultante da caridade, e, por sua vez, entendendo a caridade como fruto do amor, trabalhar-se-á a mensagem do texto substituindo a palavra “amor” por “caridade”.  
        Fazendo isto, objetiva-se a percepção da importância de desenvolver em nós este sentimento, para, então, entendermos e (re)pensarmos o que é a solidariedade em seu sentido mais autêntico. 
       Vejamos o referido texto e o leiamos fazendo a devida substituição: 
 
 
 
I Carta de São Paulo aos Coríntios: 
 
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor (caridade), seria como o metal que soa ou como o sino que tine. 
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor (caridade), nada seria. 
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor (caridade), nada disso me aproveitaria. 
O amor (A caridade) é sofredor(a), é benigno(a); o amor (a caridade) não é invejoso (a); o amor  (a caridade) não trata com leviandade, não se ensoberbece. 
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; 
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; 
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 
O amor (a caridade) nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá; 
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; 
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado. 
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. 
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido. 
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor (a caridade), estes(as) três, mas o maior destes (as) é o amor (a caridade). 
 
1 Coríntios 13:1-13 
 
 
Depois do trabalho de leitura e compreensão do texto - que deve se dar através da observação da realidade e do debate de ideias com/entre os educandos – sugere-se que cada trecho (versículo) do texto seja trabalhado por um grupo da turma. Logo, cada turma do Ensino fundamental, que será dividida em um número de grupos a determinar, realizará uma ação voltada para um “blog” relacionado ao projeto. Portanto, cada grupo dos vários de uma série dará a sua contribuição para o blog. 
Vejamos um exemplo de como a 5ª série poderia ser orientada para realizar a sua ação no projeto: 
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Educação e vida |  | 
 
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Turma | 
Trecho: | 
O que poderia ser feito? |  | 
 
 
 
5ª série/6º ano | 
 
“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor (caridade), seria como o metal que soa ou como o sino que tine”. 
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Os grupos deverão reunir e decidir- observando suas habilidades e preferências - o que poderia criar para explicar e demonstrar a intencionalidade discursiva do trecho. Um grupo pode escolher criar uma poesia, ou fazer uma charge, uma encenação, um vídeo, ou ainda, fazer todas estas coisas; tudo, pensando em criar material para postar no “blog pela solidariedade”. Estas ações podem ser simples, mas orientadas pelo educador de forma qualitativa, serão muito significativas para eles e para todos. |  
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 Neste sentido, a estratégia pode ser a mesma para as outras turmas, mas os trechos e as ações direcionadas pelo professor responsável serão diferentes. A 6ª série, por exemplo, poderia elaborar uma pesquisa sobre um aspecto presente em um dos trechos e demonstrar dados estatísticos, criar gráficos, para postar no blog. A 7ª, poderia fazer entrevistas, se informar quanto aos eventos solidários que estão acontecendo em nossa cidade, fazer campanha por alguma causa e postar no blog. Já a 8ª, poderia fazer reportagens sobre o assunto, ou procurar vídeos na internet que demonstrem a atitude solidária ou a falta dela. | 
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